MAIS UMA BOA REUNIÃO MENSAL com casa cheia e conteúdo que despertou um debate científico saudável nesta quarta-feira (27) Teatro Prio (Antigo Teatro XP), na Gávea. A RM de setembro reuniu 341 associados inscritos.
NOVE ESTUDOS DE CASOS foram apresentados e o vencedor foi “Localização atípica de angiofibroma em paciente com esclerose tuberosa”, do IDPRDA, apresentado por Gustavo Robertson Filippo, Anelise Zimmermann, Felipe Aguinaga e Leonardo Quintela.
PALESTRA PRINCIPAL
O DIA A DIA DA DERMATOLOGIA PEDIÁTRICA:
COMO EU TRATO? Esse foi o tema da Palestra Principal, apresentado pelas Dra. Ana Mósca, Dra. Eliane Abad, Dra. Elisa Fontenelle, Dra. Izabel Kanaan e Dra. Juliany Estefan.
DRA. ANA MÓSCA ressaltou a importância de mostrar aos colegas situações práticas.
– Tentamos passar na palestra como é a prática da dermatologia pediátrica. Apresentamos lesões até muito comuns; cada uma de nós falou de sua experiência, explicamos as formas de atuação, e o que cada um pode fazer dentro da realidade do nosso país, e como podemos contribuir efetivamente na dermatologia pediátrica.
PARA A DRA. IZABEL KANAAN, a aceitação do público mostrou a importância do tema para a dermatologia como um todo.
– Foi excelente participar da palestra, conseguimos transmitir a necessidade de se conhecer e diagnosticar as principais doenças dermatológicas em crianças, tais como dermatite de fralda, hemangioma, dermatite atópica, mostrando uma forma prática e rápida de tratamento, com um diálogo mais aberto; foi um momento muito proveitoso.
SEGUNDO A DRA. ELIANE ABAD, para tratar de criança, é preciso sempre ser um pouco lúdico.
– O médico já é uma figura que assusta um pouco a criança, uma espécie de monstro, então a abordagem precisa ser lúdica. Quebrar o gelo, conversar com ela, elogiar o sapato, a roupa, tentar transformar aquela consulta num ambiente familiar para a criança. E não esquecer que estamos atendendo a uma família, ou seja, a criança é o paciente, mas os pais também se tornam pacientes. O olhar tem que ser de atenção, porque, às vezes, eles ficam ansiosos com coisas muito simples.
A PALAVRA DOS RESIDENTES
IASMIN DAMAS É R2 DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO. Ela ainda não apresentou estudo de caso, no entanto, destaca que os casos raros são sempre um aprendizado novo nas reuniões mensais.
– Aqui a gente tem contato com casos que não aparecem muito no nosso dia a dia do serviço, as diferentes abordagens também são enriquecedoras, então o aprendizado aqui é um agregador de conteúdo muito bom à nossa formação.
GABRIELA CAMPOS TAMBÉM É R2 DO UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO. Para ela, além dos estudos de casos, as palestras sobre temas variados da dermatologia são outro ponto alto das RMs.
– Essas palestras sempre trazem temas atuais, com uma abordagem e uma visão ampliadas. São uma ótima forma de aprendizado para nós residentes. Hoje, por exemplo, a palestra sobre dermatologia pediátrica nos ensinou a questão dos diagnósticos diferenciais. Se a gente perceber que um tratamento não está tendo uma boa evolução, então é hora de pensar quais as outras possibilidades que temos.
JULIA NEUGEBAUER É R1 DO UNIVERSITÁRIO CLEMENTINO FRAGA FILHO. Essa gaúcha de Pelotas, torcedora do Internacional, diz que está gostando muito da experiência de ter vindo ao Rio estudar.
– Me graduei em medicina no Rio Grande do Sul e vim pro Rio. Lá, não temos esse costume de realizar reuniões mensais, então aqui é uma super oportunidade de aprendizado e até de networking. E conhecer colegas com os quais vamos conviver o resto de nossas vidas na dermatologia; gosto muito dessa parte do convívio social com os meus pares.