A sífilis ainda hoje acomete milhares de homens, mulheres e também bebês, embora seja uma das doenças mais antigas, fácil e barata de tratar. Dados mais recentes disponibilizados pelo Ministério da Saúde, indicam que em 2016 o Brasil notificou 87.593 casos de sífilis adquirida – infecção sexualmente transmitida (IST), que pode ser disseminada durante o sexo sem preservativo ou por transfusão de sangue. Entre as gestantes foram 37.436 notificações, além de 20.474 registros de sífilis congênita, que ocorre quando o agente causador da sífilis, Treponema Pallidum, passa da mãe para o bebê durante a gestação ou o parto, dos quais foram registrados 185 óbitos. Em 2017, foram notificados no Sinan 119.800 casos de sífilis adquirida (taxa de detecção de 58,1 casos/100 mil habitantes); 49.013 casos de sífilis em gestantes (taxa de detecção de 17,2/1.000 nascidos vivos); 24.666 casos de sífilis congênita (taxa de incidência de 8,6/1.000 nascidos vivos); e 206 óbitos por sífilis congênita (taxa de mortalidade de 7,2/100 mil nascidos vivos).
No Brasil, elevadas taxas de sífilis em gestantes foram registradas nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Quando observados os óbitos por sífilis congênita em menores de um (01) ano, sobressaem os índices do Rio de Janeiro, com 23,2% do total observado em todo o país (18,1 óbitos/ 1.000 nascidos).
Dentre os casos de sífilis congênita, mais uma vez os estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul registraram as maiores taxas, dessa vez, seguidos por Pernambuco.
Assim como as demais IST, A sífilis é adquirida por contato direto, usualmente sexual sem proteção, também podendo ocorrer quando o microorganismo atravessa a placenta e infecta o feto na mulher gravida.
A melhor forma a doença ser evitada é utilizar o uso de preservativos (camisinhas) durante o ato sexual.
Começa com uma ferida nos órgãos genitais e depois manchas pelo corpo e gânglios, mas é uma doença com múltiplos estágios e manifestações clínicas diversas. Pode acometer pele, mucosa, cabelos, provocar febre, perda de peso, atacar o sistema cardiovascular e até o cérebro, levando à morte.
A suspeita diagnóstica é feita pelo médico e confirmada por testes clínicos e laboratoriais, incluindo o teste rápido, que utiliza apenas poucas gotas de sangue da ponta do dedo e apresenta o resultado na hora.
Centros de Saúde e Clínicas da Família estão preparadas para atender a esse tipo de demanda. A rede de saúde pública mais próxima deverá ser procurada nos casos em que sejam mantidas relações sem preservativo. A testagem de sífilis é gratuita no SUS e o tratamento ocorre de maneira bem simples – é feito com a penicilina injetável, que pode ser adquirido através da Clínica da Família em todos os estados, de forma igualmente gratuita.