
A Hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria que afeta pele e nervos, e causa muito medo na população, mesmo sendo curável. Ainda representa um grande problema de saúde pública, com cerca de 25.000 casos novos. O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de detecção de novos casos de hanseníase, atrás, da Índia. Por desconhecimento e informações erradas do passado, gera ainda, muito preconceito e estigma.
Ocorre de uma pessoa doente da forma transmissora e sem tratamento, através das vias aéreas superiores para os contatos próximos, onde a via de entrada da bactéria é também a via aérea superior.
A apresentação clínica da Hanseníase abrange uma grande variedade de sinais e sintomas como alteração na pele (lesões cutâneas com alteração de sensibilidade, dormência, em geral sem coceira), alteração nos nervos (mais grossos ou não podendo ter dor ao toque ou espontaneamente, mãos e pés dormentes), alterações gerais (febre, gânglios aumentados, inchaço, extremidades levemente arroxeadas, nariz entupido sem secreção, perda de peso).
Para fins de tratamento a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam tratar os pacientes baseado na seguinte classificação:
– Paucibacilar: casos com até 5 lesões de pele e/ou apenas um tronco nervoso comprometido
– Multibacilar: casos com mais de 5 lesões de pele e/ou mais de um tronco nervoso acometido.
Obs: a detecção da bactéria no exame de baciloscopia classifica o caso como multibacilar independente do número de lesões. Este exame negativo não afasta o diagnóstico de casos brandos.
As drogas utilizadas são antibióticos Rifampicina, Dapsona, Clofazimina nas doses e tempos conforme as pessoas sejam Paucibacilares ou Multibacilares.
A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito, oferecido pelo Sistema Único de Saúde. Para diagnóstico é necessário uma avaliação médica.
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A prevenção, principalmente, se faz pela educação em saúde fortalecendo o conhecimento sobre a doença e a necessidade da população ter boas condições de moradia, com boa circulação do ar e alimentação adequada. Pessoas que não foram afetadas pela doença e tiveram contato com casos de Hanseníase, devem ser avaliadas o mais breve possível e, caso indicado, tomar a vacina BCG que pode ajudar na prevenção. Ficarem atentas aos sinais e sintomas iniciais da doença e caso haja qualquer dúvida procurar imediatamente um setor de saúde mais próximo de sua residência.
A SBDRJ participou ativamente do projeto RODA HANS em parceria com ministério Ministério da Saúde , coordenações estadual e municipais do Programa de Hanseníase, instituições parceiras como a Novartis Brasil, a Dahw Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a regional SBD-FL, além de especialistas em hanseníase e do Movimento de Reabilitação de pessoas atingidas pela hanseníase (MORHAN).
Uma unidade móvel itinerante de atendimento ambulatorial percorrerá a Região Metropolitana e Estado do RJ, promovendo assistência a população e capacitação dos profissionais de saúde da rede básica, entre os meses de agosto e setembro.