A ESPOROTRICOSE HUMANA PASSOU A SER DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA EM TODO O PAÍS. A decisão foi pactuada durante a 1ª reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), nesta quinta-feira (30), em Brasília. Trata-se da micose de implantação mais prevalente no mundo, sobretudo em áreas tropicais e subtropicais. Com a medida, a esporotricose humana deve ser registrada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). NO ESTADO DO RIO, a doença já era de notificação compulsória desde 2013.
A IMPLANTAÇÃO DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS MICOSES ENDÊMICAS é uma das responsabilidades do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi), dentro do Plano Nacional de Saúde (2024-2027).
“A NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA VAI NOS AJUDAR A AVALIAR O REAL CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DA ESPOROTRICOSE HUMANA NO BRASIL e, como consequência, a construir políticas públicas assertivas no controle dessa doença”, afirmou o diretor do Dathi, Draurio Barreira.
A PARTIR DA NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA, o Ministério da Saúde já trabalha na organização dos serviços de saúde do Brasil. Entre as ações estão: elaboração de ficha de notificação e investigação no Sinan para apoiar os estados; elaboração de protocolo de vigilância das micoses com fluxo da esporotricose humana detalhado; qualificações sobre o assunto para os profissionais de assistência à saúde e de vigilância; organização da rede diagnóstica laboratorial; além de planejamento estratégico na disponibilização de medicamentos antifúngicos para tratamento da esporotricose, considerando um provável aumento de demanda, perante à sensibilidade da vigilância.
DE ACORDO COM A COORDENADORA-GERAL DE VIGILÂNCIA DA TUBERCULOSE, MICOSES ENDÊMICAS E MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSAS (CGTM), Fernanda Dockhorn, há registro de esporotricose humana em 26 dos 27 estados brasileiros.
“TEMOS TRATAMENTO DISPONÍVEL NO SISTEMA ÚNICO DA SAÚDE (SUS). Contudo, estimamos que a doença não seja ainda plenamente identificada e tratada em todo país. Por isso, é tão importante esse processo de implantação da vigilância das micoses endêmicas em nosso país”, explicou ela.