O herpes labial é causado por um herpesvírus chamado herpes simplex tipo1. É uma infecção viral comum, transmitida pelo contato direto na infância e adolescência, para a qual grande parte da população adulta já adquiriu imunidade, obtendo resistência ao vírus para toda a vida. A primeira manifestação do vírus pode ocorrer de forma assintomática ou com manifestação clínica bem evidente, com febre, gânglios aumentados, a ponto do paciente não conseguir sequer engolir os alimentos. Uma parte das pessoas pode nunca mais apresentar o herpes, mas em outras a lesão irá se repetir no mesmo local, mas com sintomas menos intensos que na primeira vez.
O herpes labial que pode, em alguns casos, ocorrer em outras partes do corpo, em geral, começa com formigamento e ardência local, e surgimento de pequenas vesículas ou até mesmo bolhas maiores. Mas, uma vez que o quadro se instala, o que NÃO se deve fazer? Jamais deve-se furar as bolhas, pois isso pode agravar a lesão. Se furadas, essas bolhas infeccionam e podem deixar cicatrizes nos lábios. Quando as vesículas rompem, surgem pequenas ulcerações (feridas rasas) cobertas de crostas e, depois ocorre a reepitelização da pele ou mucosa, sendo que nessa fase a doença não é mais contagiosa.
O grande problema do vírus do herpes é que não se consegue eliminá-lo definitivamente, pois ele migra por uma raiz nervosa e se instala em um gânglio nervoso, permanecendo aí em um estado da latência. Se o paciente volta a tomar sol, machuca os lábios ou está passando por um período de estresse ou de imnodepressão, o vírus é ativado novamente, migra para os lábios e a doença tem recidivas, ou seja, ela pode reaparecer. Em geral, esses episódios de recidiva duram entre sete e 14 dias, por ação do nosso sistema imunológico que combate o vírus do herpes sozinho, embora isso possa levar mais tempo para a cicatrização. Pela localização e repetição, o herpes labial costuma causar desconforto físico e constrangimento social.
É importante frisar que, embora não tenha cura nem vacina até agora, o herpes tem tratamento. Há drogas antivirais que reduzem o tempo de duração dessas vesículas que aparecem nos lábios e evitam possíveis complicações e é o médico dermatologista quem decide se eles devem ser ministrados ou não.
Fonte: SBDRJ