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Pesquisadores mobilizam apoio para tornar a paracoccidioidomicose doença de notificação compulsória

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A SBDRJ reforça a divulgação de um importante movimento científico e social. Pesquisadores e profissionais de saúde de instituições como Fiocruz, IAL, Unifesp, UFG, UFPR, USP, UFMS, UCB, UNB, Unesp, entre outras, lançaram um manifesto e um abaixo-assinado pela inclusão da paracoccidioidomicose (PCM) como doença de notificação compulsória no Brasil. A mobilização também pede melhorias na assistência aos pacientes infectados.
 
O movimento teve origem durante o International Conference on Paracoccidioidomycosis – Challenges & Milestones in the 21st Century, realizado em Campo Grande (MS), no final de 2024. O evento reuniu cientistas brasileiros e internacionais que discutiram estratégias para enfrentar a doença, considerada uma das principais micoses sistêmicas endêmicas da América Latina. Estima-se que o Brasil concentre cerca de 80% dos casos registrados.

 
Recomendações do manifesto
 
No documento elaborado pelos pesquisadores, são apresentados diversos argumentos técnicos para justificar a necessidade da notificação compulsória da PCM. Entre as medidas propostas, destacam-se: a disponibilização, pelo SUS, de testes diagnósticos minimamente invasivos, rápidos e acessíveis em toda a rede pública; a padronização de diagnósticos laboratoriais antifúngicos; a ampliação do fornecimento de insumos, kits e reagentes para detecção precoce.
 
O objetivo é garantir diagnósticos mais ágeis e eficazes, evitando agravamento da doença, sequelas irreversíveis e mortes que poderiam ser prevenidas.

 
Doença negligenciada
 
A paracoccidioidomicose atinge, sobretudo, trabalhadores rurais e da construção civil, sendo adquirida pela inalação de fungos do gênero Paracoccidioides. Com diagnóstico difícil e tratamento prolongado — que pode durar de um a dois anos —, a doença frequentemente causa sequelas graves. O uso crescente de antifúngicos na agricultura ainda pode favorecer a resistência do fungo, ampliando o desafio de controle.

 
Ação conjunta
 
Para pressionar autoridades e acelerar o reconhecimento da PCM como doença de notificação compulsória, os pesquisadores lançaram um abaixo-assinado que será enviado ao Ministério da Saúde.
 
“A mobilização dessa pauta é um passo essencial para pressionar autoridades e salvar vidas de uma doença invisível”, afirmam os organizadores do manifesto.

 
Participe
 
A SBDRJ convida seus associados a se engajarem nessa mobilização: