
📌 MAIS UMA RM PRA CONTA – a sexta de 2025, e com muito sucesso, em termos de frequência e conhecimento científico. E um dos destaques do dia ficou por conta da palestra principal (leia mais abaixo), que suscitou importantes questões sobre quando o peso pesa na pele.
321 associados se inscreveram na RM de agosto e compareceram ao auditório do Hotel Prodigy, em frente ao Aeroporto Santos Dumont, no centro, na manhã desta quarta-feira, 27.
PALESTRA PRINCIPAL

📌 QUANDO O PESO PESA NA PELE: INTERFACE ENTRE ENDOCRINOLOGIA, NUTROLOGIA E DERMATOLOGIA. Esse foi o tema da Palestra Principal, apresentada pelas Dra. Ana Carolina Nader (endocrinologista), Dra. Flávia Pinho (nutróloga) e Dra. Paula Raso (dermatologista).
DURANTE A PALESTRA, AS ESPECIALISTAS DESTACARAM QUE um dos pontos principais do tema é a sinceridade que os profissionais precisam ter com os pacientes. Foi ressaltado que tratamentos para flacidez corporal podem ser caros, demorados e, muitas vezes, não entregam o resultado esperado. Importante também explicar as limitações e não prometer milagres, especialmente para pacientes com excesso de pele significativo, para os quais a cirurgia plástica costuma ser a melhor solução.
OBESIDADE E INFLAMAÇÃO: UMA RELAÇÃO COMPLEXA
A RELAÇÃO ENTRE OBESIDADE E DOENÇAS DE PELE INFLAMATÓRIAS, como a psoríase, foi um dos temas mais intrigantes. A pergunta central da discussão foi: a obesidade causa a psoríase ou pacientes com psoríase tendem a ser mais obesos? Os especialistas explicaram que a gordura visceral, aquela que se acumula ao redor dos órgãos, pode desencadear um estado inflamatório no corpo. Esse processo inflamatório é diferente daquele causado pela gordura subcutânea (logo abaixo da pele). A discussão reforçou a importância de tratar a obesidade como uma doença com diferentes perfis inflamatórios e não de forma genérica.
A ENDOCRINOLOGISTA DRA. ANA CAROLINA NADER explicou que a obesidade é uma doença complexa, que vai muito além da questão estética e o tratamento da obesidade não deve ser feito de forma isolada.
- É FUNDAMENTAL QUE O PACIENTE SEJA ACOMPANHADO POR UMA EQUIPE completa, que inclua um endocrinologista, um nutricionista e um educador físico, para que todos os aspectos da doença sejam tratados.
OUTRA QUESTÃO LEVANTADA FOI O ESTIGMA QUE O PACIENTE obeso enfrenta, o preconceito acontece em todas as fases:
- NO INÍCIO, A PESSOA JÁ LIDA COM O ESTIGMA por estar com excesso de peso. Durante o tratamento, o paciente pode ser julgado por usar medicamentos para emagrecer e, após o emagrecimento, o paciente ainda enfrenta o estigma por ter a pele flácida e excesso de pele, o que gera vergonha e preocupação estética. Por isso é importante que o médico tenha uma abordagem mais humana e completa em relação à obesidade, considerando não apenas o peso, mas a saúde geral e o bem-estar psicológico do paciente – concluiu a Dra. Ana Carolina Nader.
CASO VENCEDOR
📌 NOVE ESTUDOS DE CASOS foram apresentados na RM de agosto pelos residentes dos nossos serviços credenciados e o vencedor foi
“Manifestação atípica de doença negligenciada”, do HUPE, apresentado por Karine Tavares, Paula Marsillac, Vivian Monteiro De Souza, David De Almeida Souza, Maria De Fátima Scotelaro e Alexandre Gripp.
Residentes na RM

AS RESIDENTES ANA GASPAR (R3), CAMILA MENEGUETTI (R1) E FLAVIANA MATOS (R2), todas do Hospital Central da Aeronáutica, destacaram na RM de Agosto a oportunidade de aprendizado aprofundado, a partir da troca de informações com outros serviços e as palestras enriquecedoras.
SEGUNDO ELAS, a interação com outros serviços é um ponto muito positivo, pois expõe as residentes a casos que podem não ser vistos em seus próprios hospitais, especialmente em ambientes mais restritos, como o hospital militar. A troca de conhecimento com diferentes realidades é algo que elas valorizam.
- E OS TEMAS DISCUTIDOS, COMO O USO DE TERAPIAS BIOLÓGICAS e a relação entre obesidade e doenças de pele, são extremamente relevantes para a prática diária no consultório, ajudando a agregar conhecimento à nossa formação – destaca Camila Meneguetti.