Durante o verão, o aparecimento das águas-vivas em nosso litoral, especialmente no Rio de Janeiro, é bastante comum. É preciso que os banhistas fiquem atentos, já que estes animais podem causar ferimentos, por vezes bem dolorosos, caso entrem em contato com a pele.
Existem muitos mitos acerca do que fazer em caso de ferimento por água-viva. É possível que você já tenha ouvido alguém falar de urina e limão para tratar o problema. Jamais faça isso! Eles podem irritar ainda mais o local e trazer mais complicações.
Então, o que devo fazer se for queimado por uma água-viva?
Bom, existem diversas espécies de água-viva e o veneno de cada uma delas pode ocasionar reações diferentes. No Rio de Janeiro, em geral, existe maior quantidade da espécie Lychnorhiza lucerna, que é praticamente inofensiva. Entretanto, existem registros de casos de Sambaquiensis e Chrysaora, que são espécies capazes de causar acidentes dolorosos, mas de pequena gravidade.
Nesses casos, assim que sofrer o ferimento, você pode fazer uma compressa de água fria do mar, que tem um efeito analgésico. Também pode lavar o local com água do mar, diversas vezes. Evite água doce. Águas-vivas têm tentáculos que são parecidos com agulhas e, em contato com água doce, são responsáveis por disparar o veneno aumentando a dor.
Para evitar o disparo do veneno e até mesmo para diminuir o envenenamento, você pode utilizar vinagre. Também é importante que você evite o sol, já que ele pode piorar o ferimento e até mesmo fazer aparecerem bolhas. Não esfregue a pele com toalhas ou com as mãos.
Essas ações de primeiros-socorros costumam ser bastante efetivas, mas, caso não haja melhora em algum dos sintomas, procure um médico dermatologista.
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Aproveite e confira as entrevistas sobre o tema concedidas pelo Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Rio de Janeiro, Dr. Egon Daxbacher à Rádio CBN e à BandNews.
Fonte: SBDRJ