Chegamos ao mês sete e nossa Reunião Mensal continua com quórum alto. 246 associados compareceram nesta quarta-feira, ao Colégio Brasileiro de Cirurgiões, em Botafogo, e puderam acompanhar a apresentação de sete estudos de casos dos serviços credenciados. Com 81 pontos, levou a melhor e ficou em primeiro o caso Vasculite Leucocitoclástica, do HFB, apresentado por Beatriz Baptista Abreu da Silva, Alanna Santoro Vinhas, Ingrid Bottino, Egon Luiz Rodrigues Daxbacher, Thiago Jeunon de Sousa Vargas e Clarissa Maria Da Cás Vita Campos. Com 64 pontos, garantiu a segunda colocação o estudo do caso Lesão infiltrada na axila: desafio diagnóstico, do HUPE, apresentado por Rafaella Lacerda Maia, Allen de Souza Pessoa, Maria de Fátima Guimarães Scotelaro Alves e Luna Azulay-Abulafia. E, em terceiro, com 54 pontos, ficou o caso Doença de Darier Linear, do IDPRDA, apresentado por Corina Isabel Salas Callo, Ivonne Rodriguez Hernandez, Lara Caroline Tusset, Felipe Aguinaga e Leonardo Pereira Quintella.
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“Venho desde sempre”
Mais uma vez a RM mesclou na plateia experientes dermatologistas com residentes e profissionais mais novos. O professor e Dr. David Rubem Azulay nem lembra quando começou a frequentar a RM, mas adianta que só falta por motivo de doença ou viagem.
– A Reunião Mensal é uma situação que eu me permito uma vez por mês a desfrutar de novos conhecimentos e casos muito bem apresentados. A Reunião Mensal é ótima, e recomendo a todos os colegas. É difícil eu não comparecer, só se for por doença ou viagem.
Drª. Vanessa Ramos é de Saquarema e sempre que pode não perde uma RM. Ela fez sua formação no Rio e diz que não são cerca de 100 quilômetros que vão separá-la de uma oportunidade de voltar a ter contato com o meio acadêmico e com os melhores profissionais do Rio.
– Terminei a residência em 2013 e voltei pra Saquarema, mas sempre que posso venho à Reunião Mensal. Aqui é uma oportunidade de ter o contato de novo com o meio acadêmico, aqui temos os melhores profissionais do Rio, aqui a apresentação de casos é sempre interessante. O conhecimento na RM é enriquecedor.
Nesta edição, Drª. Ryssia Alvarez Florião, médica dermatologista aposentada do IASERJ, com mestrado e doutorado em Dermatologia pela UFRJ e Médica do Trabalho, palestrou sobre “Dermatoses Profissionais”.
– Precisamos comunicar melhor as dermatoses ocupacionais. Há o registro de vários casos de dermatites em cabeleireiros que trabalham com formol, e produzimos pouco trabalho sobre isso; tem a questão das arboviroses – aí uma empregada doméstica, por exemplo, pode pegar dengue e a gente não notifica; enfermeiras no seu trabalho, apesar das luvas, fazendo dermatite atópica, além dos médicos trabalhando sob intenso estresse – explicou.
Outra palestra foi sobre o “Uso da Termografia na avaliação do pé diabético”, com a Drª. Claudia Sá, membro efetivo da SBD, da American Academy of Dermatology e da American Society for Laser in Medicine and Surgery, que explicou que, com a tecnologia, será possível trabalhar melhor a prevenção.
– O médico dermatologista é, provavelmente, o primeiro profissional que vai ter acesso a esse paciente, e a gente vai poder trabalhar de forma preventiva. A neuropatia diabética pode inclusive anteceder a descompensação do diabetes tipo 2, então, quando a gente faz o diagnóstico de uma alteração vascular nos pés, a gente vai poder orientar melhor aquele paciente que tenha, por exemplo, só um pé seco, com poucos sinais clínicos.
O próprio paciente, segundo Drª. Claudia Sá, ao ver as imagens se conscientiza melhor sobre a necessidade de levar o tratamento a sério.
– O que a gente vê habitualmente é o paciente com pé diabético com mais de 10 anos de evolução e o tratamento é muito mais difícil, até impossível, porque as lesões já são irreversíveis; se a gente aborda no início, e o paciente vê as imagens coloridas (elas são muito ilustrativas), ele entende que precisa se tratar melhor, controlar melhor a glicose, sobretudo o diabetes tipo 2, que é o mais difícil, porque ele precisa realmente fazer uma dieta bem feita, e não é isso que a gente vê no dia a dia.
Drª. Claudia disse ainda que foi a primeira vez que o uso da termografia foi tema de uma palestra em um evento de dermatologia. No Brasil, ela é feita em mais de 50 clínicas e hospitais, a maioria em São Paulo.
Outro tema da RM foi o Simpósio Satélite sobre um “Novo consenso em relação à dermatite atópica, o que mudou e qual o papel do flutivate”, com a Drª. Mariana Sasse, Dermatologista associada à SBD e Gerente Médica Stiefel /GSK.