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SBDRJ realiza Curso de Atualização em Psoríase em Dia Mundial

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Para marcar o Dia Mundial da Psoriase, a SBDRJ organizou e realizou o Curso de Atualização em Psoríase,  que reuniu mais de 70 pessoas no auditório do CREMERJ no dia 29 de outubro.

Aberto pela presidente da SBDRJ, Dra Ana Mósca, que agradeceu o apoio da Abbot na realização do curso, o evento contou com varias palestras sobre tratamento da doença além de conferências de especialistas, como Alexandre Gripp, Luna Azulay, Sueli Carneiro, Paulo Oldani e João Avelleira, que falaram no Painel Eu Trato, sobre a psoríase no couro cabeludo, ungueal e no palmo-plantar.

No tema Fototerapia na psoriase: qual sua relevância atualmente?, a Dra.
Livia Barbosa, do hospital de Bonsucesso, falou sobre os princípios e benefícios da Fototerapia, no tratamento da psoríase moderada e grave. Ela explicou os mecanismo de ação, indicou artigos, e sobre a eficácia, mostrou um estudo de metaanálise que mostra seus benefícios em relação aos medicamentos biológicos. Sobre o acesso ao tratamento, ela lamentou que o Brasil ainda tem muitos poucos centros de fototerapia no pais, seja nos setor publico ou privado. Ela finalizou dizendo que o Consenso Brasileiro indica 20 sessões, mas ressaltou que este prazo é fictício, diante de dificuldades variadas dos pacientes. Sobre a sua experiencia, recomendou que a fototerapia entre como coadjuvante inclusive em crianças e idosos. ” É possível usar a FT como terapia combinada, podendo associar com vários medicamentos disponíveis”, finalizou.

Sobre o tema Acitretina, a Dra Carlota Figueiredo explicou que o medicamento é um retinoide sintético, atualmente o único aprovado para uso na psoríase, e que age se ligando a receptores citoplasmáticos e nucleares. Sobre as principais ações, qualificou como antiqueratinizante, antiploriferativo e antiinflamatorio dentre outros efeitos. Ela também discorreu sobre as indicações e as contraindicações, e recomendou que “é essencial que o paciente faça vários exames antes da indicação”, além de comentar sobre a posologia e o manejo. Como a remissão chega a 30 % dos casos,  ela apontou também as falhas, “por isso, é necessário a associação com outros tratamentos, como a fototerapia e outras drogas”. Por fim, comentou os efeitos adversos e as interações medicamentosas.

Sobre a Ciclosporina, a Dra. Barbara Nader, do Hospital Pedro Ernesto mostrou os seus mecanismos de ação, como a inibição do efeito anti-inflamatório, explicou também a farmacocinética do medicamento e as indicações na psoríase, bem como as contraindicações, os pacientes de risco, os exames prévios. “As estrategias de uso vai depender do paciente e das circunstancias, assim como a dose, acompanhamento clinico, a anamnese e o exame físico”, comentou.

Sobre o Metotrexate, a Dra Ana Luisa Sampaio, explicou que é uma droga segura e barata, ao alcance dos médicos, “os dermatologistas sabem manusear o remédio – mais de 90%  dos pacientes de psoríase já usaram ou usam – que mostra uma taxa de sucesso de cerca de 40 %”. Ela também contou que o medicamento pode ser usado isoladamente ou com biológicos, falou sobre as indicações e contraindicações, a posologia e o protocolo do Guideline da SBD, e por fim, das novidades do seu uso em pacientes em idade fértil e em fase pre-operatória.

Sobre os Imunobiológicos, o Dr Roberto Souto explicou as regras para tornar os medicamentos imunobiológicos como indicação para a psoríase, lembraram os aspectos alem da lesão, como as que atrapalham a vida do paciente ou afetam a autoestima. “A anamnese é essencial, pois uma avaliação inicial pode ajudar”, disse Souto. Ele abordou quando indicar um biológico, e advertiu que às vezes o médico “troca o tratamento por ansiedade”. “É importante focar nos objetivos antigos do tratamento, e a abordagem terapêutica atual”, complementou. Por fim, mostrou as evoluções do tratamento, as terapias moleculares e um artigo com novas drogas que estão chegando, bem como as que estão em fase de pesquisa. Ele explicou que drogas como Adalimumabe, etanercepte, já vem prontos em seringas próprias em dosagens diversas, facilitando o tratamento, tanto para o médico como para o paciente.

No tema Imunobiologicos 2, a Dra Aline Bressan falou sobre o ustequinumabe – seu mecanismo de ação, que também vem em ampolas, e é o “único biológico com estudo de cinco anos de acompanhamento de eficácia”.  Ela apresentou o registro de dados de um estudo dinamarquês, mostrando a resposta em relelação a outros tratamentos, e disse que “o mesmo estudo aponta 9 eventos adversos sérios”, comentando que “mesmo nos biológicos, a associação com outros tratamentos pode ser importante”. Ela pergunta se há diferença percentual de pacientes que formam anticorpos contra os diversos biológicos, e mostra estudos que discutem essas questão. Por fim, conclui que o manejo clinico ainda é empírico e aponta opções entre trocas e associações.