O herpes zoster (conhecido popularmente como cobreiro) é causado pelo vírus Varicela-Zoster (VVZ), o mesmo que provoca a varicela (catapora). A diferença é que a catapora acontece com mais frequência na infância e resulta da infecção primária. Já o herpes zoster é mais comum em pessoas idosas e sua origem está na reativação do vírus que fica “adormecido” nos nervos depois da primeira ocorrência de catapora. O herpes zoster pode, à semelhança da catapora, ser transmitido por contato com as lesões ou por via respiratória.
Causas e Sintomas
As causas do herpes zoster estão associadas à baixa imunidade, diabetes, câncer, aids, trauma local, cirurgias da coluna e sinusite frontal. A dor é o sintoma mais importante e costuma ocorrer antes do surgimento das lesões na pele, que se manifestam com eritema (vermelhidão na pele) e vesículas (pequenas bolhas de líquido), dispostas linearmente (como uma faixa), podendo acometer o tronco, a face ou os membros de um mesmo lado do corpo. Quando essas lesões surgem no nariz ou nos olhos, é o caso de procurar ajuda médica imediatamente para evitar complicações como cegueira ou meningite.
Por falar em complicações, a complicação clássica da doença é geralmente caracterizada por uma neurite (inflamação do nervo) pós-herpética, ou seja, quando as dores persistem por mais de três meses, superando a duração das lesões, que desaparecem antes. Nestes casos, um neurologista deve ser consultado.
Diagnóstico e Tratamento
Como as lesões são vistas a olho nu, são bem características e o paciente normalmente se queixa de muita dor, o diagnóstico é clínico e simples. O tratamento consiste, principalmente, em uso de medicação antiviral por via oral e aliviar a neurite com analgésicos, visando limitar a extensão, duração e gravidade da doença na fase aguda.
Prevenção
A vacinação contra a catapora, ainda na infância, pode ser bastante útil para reduzir os riscos de desenvolver herpes zoster na vida adulta. Como o período de incubação pode ser longo, a vacina para herpes zoster também pode ser feita em indivíduos acima dos 50 anos, de acordo com avaliação médica, embora ainda não esteja disponível no SUS. Indivíduos com herpes zoster em atividade devem evitar contato com gestantes e pessoas que não tiveram catapora. Lavar sempre as mãos caso entre em contato com a lesão.
Fonte: SBDRJ