NEM A CHUVA NEM O FRIO conseguiram baixar o quórum de nossa RM, nesta quarta-feira (28), no Teatro XP Investimentos, na Gávea.
345 associados se inscreveram para acompanhar a apresentação dos 11 estudos de casos dos serviços credenciados, a Palestra Principal, os Informes Associativos e o sorteio final.
E O CASO VENCEDOR FOI “Alopecia na Infância: Relato de Caso”, do HCE, apresentado por Camila de Andrade Alves, Andreza Luiza Rodrigues Moreira da Silva, Vivian Maria Santos Correa da Silva e Leninha Valério do Nascimento.
BIOPSIEI E VEIO LINFOMA – E AGORA?
ESTE FOI O TEMA da Palestra Principal, apresentada pelos dermatologistas Flavia Cassia, Thiago Jeunon e pelo hematologista Yung Gonzaga. Mais uma vez, a dermatologia conversa com outra especialidade na RM.
– Sou totalmente adepto dessa interface das especialidades. E, quando a gente fala de dermato e hemato, os linfomas cutâneos surgem como talvez o exemplo mais extremo dando conta de que é impossível uma especialidade ter o domínio de toda expertise suficiente para conduzir esses doentes. Portanto a aproximação é fundamental para oferecer um cuidado melhor para os pacientes – destacou Dr. Yung Gonzaga.
NA AVALIAÇÃO DA DRA. FLAVIA CASSIA, por ser uma doença rara, muitas vezes, quando o dermatologista se depara com o linfoma cutâneo, ele fica um pouco assustado.
– A primeira sensação é de “não quero ficar com esse paciente, não quero acompanhar ele, vou encaminhá-lo”. E a ideia que nós tentamos passar
hoje é que o dermatologista é um dos personagens principais no tratamento e acompanhamento desses pacientes; mesmo que haja a necessidade de encaminhar para outras especialidades, o dermato deve sempre continuar acompanhando esses doentes.
JÁ O DR. EGON DAXBACHER sublinhou que essa é a visão da medicina moderna.
– A Palestra Principal foi muito feliz. Ela exemplificou o que a gente pensa da medicina moderna; a questão da interdisciplinaridade. E o que a Flavia disse é importante: o dermato manter o paciente com ele, independentemente do encaminhamento para outra especialidade. Ou seja, todo mundo contribuindo para a recuperação da saúde do paciente, o que é fundamental.
AINDA SOBRE O TEMA, DRA. LUNA AZULAY lembrou outra questão importante: o dermatologista entender a diferença de quem depende do SUS e de quem pode pagar pela medicina privada.
– O problema, nesses casos, é que até mesmo os tratamentos serão diferentes. A realidade do paciente que está no SUS é bem diferente daquele paciente que vai ao consultório particular.
BORA BILL, OPS, REUNIÃO MENSAL TAMBÉM VIRALIZA, RS
E A INTERNET TEM DESSAS COISAS. O bordão acima virou meme e viralizou, ganhando destaque nacional. Bastou surgir um vídeo com alguém gritando “Bora Bill, bora filho do Bill”, lá no interior do Ceará, para o Bill virar celebridade. Sinal dos tempos, rs.
Brincadeiras à parte, rs, a RM já viralizou entre os residentes. E não precisa nem de meme. A presença deles é constante e o aprendizado está na ponta da língua.
– A REUNIÃO MENSAL É UM MOMENTO ÚNICO, que a gente espera ansiosamente, com discussões enriquecedoras, interface com outras especialidades. Para a nossa formação é muito importante; no meu caso, destaco as imagens que são apresentadas. Muitas vezes, olhar uma imagem nos faz lembrar de um caso clínico que, talvez, não tenhamos
pensado naquelas hipóteses de abordagem; então, como trabalhamos muito com o visual, com o aspecto clínico, com a visualização das lesões, é enriquecedor olhar lesões e aprender novas abordagens – afirma Gabriela Abreu Pimentel, R3 do Hospital da Aeronáutica.
PARA NATIELLE ROSENDO CHAVES, R3 do Hospital de Bonsucesso, a Reunião Mensal tem um poder agregador fundamental na formação em dermatologia.
– Casos raros, como esses de linfomas cutâneos, por exemplo, são importantíssimos estarem em nosso radar, no sentido de aprendermos sobre procedimentos e encaminhamentos; entendermos até onde a dermatologia vai. Outra questão é a terapêutica, a fim de somarmos todas as informações para criarmos a nossa própria conduta – explica.