JÁ ESTÁVAMOS COM SAUDADES.
Tivemos 350 inscrições para a nossa primeira RM do ano, que foi presencial – nesta quarta-feira (30) – no novíssimo Teatro XP, que fica no Jockey Club Brasileiro, na Gávea. O espaço lotou, e foi demais reencontrar os colegas associados. Teve mais gente que quis estar presente, mas não havia mais assentos disponíveis.
– Estamos muito felizes com esse retorno às reuniões mensais presenciais. Ficamos um pouco com receio do que iríamos encontrar, mas foi uma grande surpresa. Estão todos bem. RM foi um sucesso, com casa cheia; a Reunião Mensal superou nossa expectativa – comemora o presidente da SBDRJ, Dr. Fabiano Leal.
A procura foi tanta que Dr. Fabiano dá a dica: – Para a próxima RM de abril, a gente recomenda que o associado se inscreva com antecedência, porque temos limitação de vagas no local.
Você não vai querer ficar de fora da próxima RM, não é?
NOVO PALCO APROVADO
O Teatro XP é um espaço com 366 lugares, distribuídos em confortáveis poltronas, e passou por uma completa revitalização, começando pela estrutura física – sem alteração da fachada, preservada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade. Tudo isso que gerou conforto e aprovação dos associados presentes.
– Muito tempo sem ver todo mundo. Agora a gente tá chique nesse teatro, se sentindo artista, e ainda tivemos que fechar a inscrição tamanha a procura. Muito bom estar em um espaço novo e confortável! – destaca a Dra. Violeta Tortelly, assessora da Diretoria.
Para o ex-presidente da SBDRJ, Dr. Thiago Jeunon, o reencontro faz história na Regional.
– Essa RM é um momento histórico! Depois de mais de 2 anos, a gente voltar a se reunir. Uma grande alegria. Nunca houve uma interrupção assim, e na dermatologia a gente faz grandes amigos, formamos uma família nesse evento e em outros, então, foi um período muito duro (de afastamento por causa da pandemia de Covid-19), porque houve uma quebra de contato; e é emocionante estar de volta, e em um local extremamente confortável, um auditório muito bacana. Estou muito feliz de estar aqui hoje.
ENCONTRO DE GERAÇÕES: CONVERSANDO COM OS MESTRES
A palestra principal da RM trouxe para debate a dermatologia clínica, com as ilustres participações do Dr. Alexandre Gripp, professor e chefe da Enfermaria de Dermatologia do HUPE-UERJ, e do Dr. Ricardo Barbosa, professor adjunto do Serviço de Dermatologia do HUGG-UNIRIO.
– A ideia da palestra principal foi lembrar essa parte da nossa especialidade, a dermatologia clínica, que está sendo esquecida. Também atendemos pacientes graves em hospitais e temos que debater com colegas de outras especialidades o diagnóstico e o tratamento. Não somos apenas aquele profissional da estética, ou o que vê a manchinha. O dermatologista, ao atender pacientes graves, salva vidas e encontra espaço nesse mercado da dermatologia clínica – ressalta a Dra. Violeta Tortelly.
Um caso apresentado pela Dra. Violeta – que chamou a atenção dos professores – foi o de uma paciente que apresentou uma reação rara imunológica a um medicamento comum para tratar de hipertireoidismo.
– Era uma raridade que apareceu após o tratamento com uma medicação comum, o que fez com que o caso fosse bastante complexo. A paciente fez uma reação exagerada à medicação e ninguém (os médicos que acompanhavam a paciente) achava que seria da medicação, somente nós, da dermatologia clínica. A paciente veio a óbito e por isso a importância
da discussão do caso para que a gente evite novos óbitos semelhantes – explica a Dra. Violeta Tortelly.
Dr. Ricardo Barbosa afirma que foi uma satisfação muito grande estar ao lado do Dr. e professor Alexandre Gripp.
– Muita coisa do que falei na RM aprendi com o professor Alexandre, que, para mim, é um dos maiores dermatologistas do mundo. A experiência dele com doenças dermatológicas graves é difícil a gente encontrar em qualquer lugar. Então foi muito bom aprender mais ainda com ele. Fiquei muito honrado de ter sido chamado.
Sobre o caso em si, Dr. Ricardo explica que não há uma regra específica a fazer.
– Temos algumas condutas de suporte e de tratamento. E a vasculite por propiltiouracil na grande maioria dos casos é grave. Você tem que acompanhar o paciente com muito cuidado. Se chega em um ponto devastador, não há muito como voltar atrás. Infelizmente a paciente piorou depois de uma melhora justamente porque não mantiveram a conduta necessária ali.
Já o professor e Dr. Alexandre Gripp diz que o caso mostra a complexidade que a dermatologia clínica se depara ao tratar doentes graves.
– A gente aprende que as coisas são muito difíceis, que a gente ainda tem muito o que aprender, e que sabemos muito pouco ainda. Tentamos passar uma conduta.
CASO VENCEDOR
8 casos foram apresentados na Reunião Mensal. O vencedor foi “Fibroxantoma atípico com regressão completa”, do IDPRDA, apresentado por Daniela Troncoso Coronado, Gabriel Leal Telino, Gabriel Moreira Amorim, Leonardo Pereira Quintella e Marcela Benez. No entanto, pelo fato da residente não ser associada SBD, o caso não concorre ao prêmio de melhor do ano.
O caso “Doença mão-pé-boca no adulto”, do HCE, apresentado por Angela Carolina Nascimento, Carlos Henrique de Matos Milhomens, Daniel Lago, Obadia, Thaís Aguiar Nogueira Bouhid, Inghlide Damanielle Silva e Vivian Maria Santos Correa da Silva, que ficou em segundo, assegurou vaga para a disputa no final do ano.
Outro tema presente na RM foi “Psoríase: muito mais que a pele”, Simposio Patrocinado da NOVARTIS, apresentado pela Dra. Lívia do Nascimento Barbosa, responsável pelo ambulatório de psoríase do Hospital Federal de Bonsucesso. Membro da American Academy of Dermatology.