RM DE MAIO
NÃO TEVE CHUVA NEM FRIO que pudessem afastar os associados e residentes ávidos por conhecimento, e nossa REUNIÃO MENSAL DE MAIO também manteve a alta presença, nesta quarta-feira (31), no Teatro XP, no Jockey, na Gávea. Se em abril, compareceram 339, este mês, fomos 352 presentes. E já estamos quase no meio do ano!
E O CASO VENCEDOR É…
NOVE CASOS dos serviços credenciados foram apresentados na RM e o vencedor do mês foi o caso Pênfigo paraneoplásico: um desafio diagnóstico e terapêutico – do HUPE – apresentado por Ísis Niddan Machado, Camila de Souza Silva, Alexandre Carlos Gripp, David de Almeida Souza, Ana Luisa Bittencourt Sampaio Jeunon Vargas e Thiago Jeunon de Souza Vargas.
PALESTRA PRINCIPAL
A INTERFACE DA DERMATOLOGIA COM OUTRAS ESPECIALIDADES deu o tom da Palestra Principal, que trouxe o tema Lúpus: uma abordagem multidisciplinar, apresentado pela Dra. Ana Luisa Sampaio, pela Dra. Luciana Lemes e pela reumatologista Dra. Francinne Machado.
– Conseguimos abordar os principais tópicos e temas importantes, como, por exemplo, os dermatologistas devem abordar o lúpus eritematoso. Foi muito importante a presença da Dra. Francinne, que mostrou a visão do reumatologista no tratamento das lesões cutâneas e do lúpus eritematoso sistêmico, o que reforça para nós, que precisamos trabalhar junto com os reumatologistas quando há um comprometimento do organismo como um todo, e não apenas da pele – destacou a Dra. Ana Luisa Sampaio.
VÁRIAS FOTOS sobre as diversas manifestações da doença foram apresentadas na Palestra, com as orientações específicas sobre como devem ser a abordagem e o cuidado, principalmente, quando a suspeita diagnóstica for lúpus sistêmico.
PARA A REUMATOLOGISTA DRA.FRANCINNE MACHADO, a dermatologia e a reumatologia são especialidades simbióticas.
– Uma não vive sem a outra. Ao mesmo tempo que a determinação do tipo de lesão cutânea vai ajudar o reumatologista a entender a doença reumatológica e a pensar em quais síndromes se encaixariam melhor naquele quadro de pele, o reumatologista dá o suporte ao dermatologista no que diz respeito à investigação de doença sistêmica. Portanto, são duas especialidades irmãs que caminham juntas.
RESIDENTES E O FRIO NA BARRIGA…
PEDRO ANDRADE, R3 DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO, admitiu no intervalo da RM que quando apresentou um caso em 2022 ficou bastante nervoso, apesar da preparação de mais de um mês de muito estudo para não “desafinar” ao subir ao palco.
– Bateu aquele frio na barriga, era um caso de psoríase com pênfigo. O diagnóstico foi bem difícil, estudamos o caso e, no final, não levamos o vencedor do mês, ficamos em segundo, mas foi bastante importante. Aqui na RM, temos a chance de trocar muitas informações atualizadas sobre a condução dos casos em serviços diferentes, e isso é bastante enriquecedor.
ANDRÉ DONDA, TAMBÉM R3 DO HUPE, apresentou caso, em 2022, e teve melhor sorte que o colega Pedro: foi escolhido o vencedor do mês.
– Nosso caso era de foliculite decalvante e líquen plano pilar – aspecto fenotípico, uma doença que está sendo descrita recentemente, com poucos casos conhecidos na literatura. Ainda há um certo debate sobre a existência ou não dessa doença, e consegui aprender bastante sobre as duas doenças. Na hora da apresentação, sim, a gente fica nervoso, mesmo com muita preparação anterior, e quando surgem as perguntas é um momento bem tenso (risos), mas logo passa.