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Reunião Mensal de junho

[vc_row][vc_column][vc_column_text]O dia era de jogo do Brasil em Copa do Mundo, mas, antes da partida contra a Sérvia na Rússia, a dermatologia carioca bateu um bolão enchendo a Reunião Mensal. Compareceram 255 associados. Além da apresentação dos casos científicos, a RM de junho teve como ponto alto a palestra principal do Dr. Artur Zular, professor e supervisor técnico do curso de pós-graduação em medicina psicossomática da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; presidente da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática – Regional SP e diretor científico do departamento de medicina psicossomática da Associação Paulista de Medicina.

O tema “Médicos: stress, burnout e qualidade de vida” gerou bastante participação nos comentários e se mostrou muito atual para os dermatologistas.  Dra. Maria Leide lembrou que a medicina é uma especialidade de sofrimento e o médico, muitas vezes, deixa de cuidar de si.

– Temos uma profissão que nos demanda muito e trabalhamos em mais de um lugar, ou seja, só isso já é estressante. Só o fato de sairmos daqui – os jovens e os mais velhos – pensando que temos que reformular alguma coisa na nossa vida já foi muito importante – destacou, após a palestra.

Dr. Artur Zular ressaltou a importância da SBD-RJ em abordar um assunto tão importante e delicado que mexe com angústia, sofrimento.

– O médico está exposto a níveis de estresse crônico. O burnout é uma síndrome de esgotamento profissional e o dermatologista não foge disso. As condições de trabalho são ruins, o nível de violência no trabalho é alto, há excesso de cobrança, pouca autonomia, muita burocracia; os vínculos sociais são muito ruins, com pouco contato humano qualitativo.

Para o palestrante, abordar o tema ajuda na busca de saídas para o problema.

– Vi que houve um interesse geral da plateia que se identificou com o tema. A SBD-RJ cumpre um papel congregando os colegas, isso é importante. É um dos antídotos contra o burnout – estar juntos de seus pares e poder falar de temas que são espinhosos, mas importantes, haja visto o grande número de residentes e médicos com a síndrome e suas consequências, como transtorno de ansiedade, depressão, consumo de drogas lícitas e ilícitas e até suicídio.

Os dados, segundo Dr. Artur Zular, mostram que o índice de suicídio entre os médicos é de 1 para cada 10 mil enquanto que para a população em geral é de 1 para cada 100 mil pessoas. E 30% da população sofrem de burnout, mas no caso dos médicos esse percentual é mais dramático: chega até a 50%. Segundo Zular, a prevenção do burnout começa com um estilo de vida mais saudável.

– Manter uma alimentação saudável e praticar exercícios, descansar, dormir bem, ter uma vida de lazer com a família, os amigos, são algumas boas práticas. E buscar uma vida mais off-line, ou seja, não adianta ter 5.000 amigos numa rede social e buscar likes e se afastar do convívio social com as pessoas – ensinou.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]