Não faltou combustível e a Reunião Mensal de maio nesta quarta-feira (30) no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, em Botafogo, reuniu 270 associados. Quem compareceu pôde aprender um pouco mais sobre os “Eventos adversos com imunobiológicos”, tema da palestra principal que teve a presença da Dra. Gladys Martins, especialista e Mestre em Dermatologia e Coordenadora do ambulatório de Psoríase do Hospital Universitário de Brasília.
– Me senti honrada com o convite. A Reunião Mensal é tradicional. Apesar de morar em Brasília há 40 anos, já na minha época no Rio era uma tradição. É muito importante que se mantenha esse encontro da dermatologia de alto nível, esse aspecto acadêmico de passar as informações aos mais jovens e de se atualizar também – destacou.
Ex-presidente da SBR-RJ, Dr. Flávio Luz frequenta a RM há mais de 25 anos. Para ele, trata-se de um momento de aprendizado muito grande e uma oportunidade de troca com os colegas.
– O que temos no Rio é uma situação única, nenhuma outra regional consegue se reunir todo mês, ininterruptamente, há quase 100 anos. Então é importante o associado estar presente pra a gente ter uma reunião como a que tivemos hoje, cheia, com casos muito interessantes e colegas de todas as faixas etárias e diferentes experiências na dermatologia, o que nos faz aprender muito – ressaltou ele.
“Dermatite atópica de início na vida adulta: um desafio diagnóstico? Epidemiologia, padrões clínicos, diagnósticos diferenciais” foi o tema do quadro Comunicação Científica, com a participação do Dr. José Marcos Cunha, Prof. Adjunto do Serviço de Dermatologia da Faculdade de Medicina UFRJ, docente do Programa de Pós-Graduação em Dermatologia da UFRJ, doutor em Ciências com título de Especialista em Alergia e Imunologia Clínica.
CASO VENCEDOR
Sete casos foram apresentados na RM desta quarta (30). Em primeiro lugar, com 129 pontos, levou a melhor o estudo Síndrome da pele escaldada – símile em recém nato, do Hospital Universitário Gafrée e Guinle, apresentado por Thais de Barros Castro Alves, Fátima Cristiane Pinho de Almeida Di Maio Ferreira, Ricardo Barbosa Lima, Omar Lupi da Rosa e Carlos José Martins.
Na segunda colocação, com 122 pontos, ficou o caso Ulcerações em um paciente com doença hematológica, do Hospital Federal de Bonsucesso, apresentado por Alanna Santoro, Clarissa Vita Campos, Thiago Jeunon, Egon Daxbacher, Yung Gonzaga e Ariane Assoni. E em terceiro, com 67 pontos, Onicomatricoma: um tumor subdiagnosticado, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, apresentado por Isabela Nogueira Barreto, Cleide Eiko Ishida, Camila Roos Mariano da Rocha, Danielle Carvalho Quintella e Giselle Ribeiro Pereira Seabra.
Como de costume, os residentes que subiram ao palco relataram casos que exigem muito estudo e, em geral, são escolhidos com base em alguma peculiaridade que gere aprendizado. A residente Letícia Liberino da Silva, que faz R3, já apresentou três casos em reuniões mensais da SBD-RJ, entre eles o desta edição: Doença de Behçet: lesões cutâneas de um caso raro, do Hospital Federal dos Servidores do Estado. O clima de competição é importante, mas, segundo ela, o que vale mais é a troca de experiência.
– A gente sabe que tá concorrendo, se dedica ao máximo em nossa apresentação, mas a vitória acaba sendo uma consequência, e mais importante é o aprendizado que todos esses casos nos oferecem em cada reunião mensal – afirma Leticia, que é baiana e assegura que se permanecer no Rio após a residência continuará a ser uma frequentadora assídua das reuniões mensais.