Polícia do Rio fecha galpão onde cera usada era reembalada como nova
Ana Mósca, presidente da SBDRJ, falou ontem, 5 de junho, no programa RJ TV – 2ª Edição, que as pessoas que usam a cera depilatória reaproveitada, correm o risco de contrair doenças:
“Infecções bacterianas graves, inclusive doenças virais. Não se sabe, exatamente, quem utiliza. Se tiver sangue, passagem de fluidos através de infecções cruzadas com as pessoas. É muito risco para a população. O CREMERJ tem um decreto de 2014 que proíbe a reutilização da cera para fins cosméticos de depilação”, disse Ana Mósca.
Leia matéria na íntegra ou veja pelo link http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2014/06/policia-do-rio-fecha-galpao-onde-cera-usada-era-reembalada-como-nova.html
Cerca de 150 quilos de cera prontos foram apreendidos nesta quinta-feira
Advogado do proprietário da rede negou que exista reaproveitamento.
A polícia fechou nesta quinta-feira (5) um galpão onde cera de depilação usada era reembalada como nova. Segundo investigadores, o material voltava a ser utilizado em uma rede de clínicas da Zona Oeste, como mostrou o RJTV.
Os agentes chegaram até o galpão, que funcionava nos fundos de uma casa no bairro de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. No local, havia sobre o fogão dois latões muito sujos que, segundo os policiais, eram usados para derreter a cera.
De acordo com os investigadores, o material passava por uma espécie de filtragem, depois era guardado em embalagens de alumínio como se fosse novo. No galpão, foram apreendidos cerca de 150 quilos de cera prontos para serem despachados para as clínicas, onde seriam usados em sessões de depilação.
Denúncia anônima
Os agentes começaram a investigar o caso, quando receberam uma denúncia anônima. A operação da polícia aconteceu na semana passada. O galpão foi fechado e as funcionárias que estavam lá foram levadas para a delegacia do consumidor, onde prestaram depoimento.
Segundo os policiais, as clínicas Depil Club de Jacarepaguá, da Barra da Tijuca e de Campo Grande usavam o produto reaproveitado. O dono da empresa, identificado como Peter Maurits Junior, não foi encontrado.
No site, a empresa anuncia o produto como 100% natural. O dono da empresa ainda vai prestar depoimento na delegacia do consumidor. Ele já foi indiciado por falsificação de produto medicinal. A pena é dez a quinze anos de prisão.
O delegado responsável pelo caso disse que vai pedir o fechamento das clínicas. Segundo a sociedade de dermatologia, as pessoas que usam este produto reaproveitado correm o risco de contrair doenças.
O advogado do proprietário da rede Depil Club, Patrick Derriel, negou que haja reaproveitamento da cera nas lojas da marca. Ele disse ainda que não teve acesso ao inquérito e, como os laudos periciais não foram concluídos, o que há são apenas suspeitas por parte da polícia.