Conceito
Todos os anos, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra 180 mil novos casos de câncer de pele no Brasil. Como em qualquer tipo de câncer, a doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado de células, sendo os carcinomas basocelulares e espinocelulares os subtipos mais comuns e de baixa letalidade. O melanoma é o mais raro, mas também o mais letal entre os cânceres de pele.
Sintomas e Diagnóstico
O câncer de pele se manifesta como uma pinta ou macha e pode assemelhar-se a outras lesões aparentemente benignas. Porém, a lesão cancerígena é um pouco diferente: pode ter aparência elevada, brilhante e translúcida, oscilando entre tons avermelhados, castanhos ou rosados. Não tem uma forma regular e aumenta de tamanho, tornando-se uma ferida que não cicatriza enquanto provoca coceira e sangramento. No entanto, apesar dos sintomas serem bastante visíveis, somente o exame clínico pelo médico dermatologia, a dermatoscopia (exame realizado com uma lupa) ou uma biópsia podem diagnosticar a doença.
Tratamentos
Todos os casos de câncer de pele devem ser diagnosticados e tratados o quanto antes, mesmo os de baixa letalidade. Os tratamentos tanto para o câncer não-melanoma quanto para o melanoma variam de acordo com o tipo, a extensão e a gravidade das lesões. Os mais comuns são: remoção cirúrgica; curetagem e eletrodissecção (que é queimar a lesão após “raspá-la”); criocirurgia (congelamento com nitrogênio); laser; terapia fotodinâmica. Há, ainda, opções complementares, como radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, medicações orais e tópicas.
Os tratamentos para formas mais graves da doença evoluíram muito nas últimas décadas – mesmo para o melanoma metastático, por exemplo, que não tem cura. Há casos em que o paciente também pode se beneficiar da terapia-alvo oral, capaz de retardar a progressão do melanoma e melhorar a qualidade a vida. No fim, cada quadro é único e somente o especialista pode avaliar e indicar a terapia mais adequada no menor tempo possível para aumentar as chances de cura.
Prevenção
A prevenção é crucial para casos de câncer de pele. Como a incidência dos raios solares vem se tornando cada vez mais agressiva, qualquer pessoa, de qualquer tipo de pele, deve se proteger quando se expor ao sol – especialmente nos horários mais críticos, entre 10h e 16h.
As pessoas de pele, olhos e cabelos claros estão no grupo de maior risco. Além daqueles que possuem histórico familiar da doença e muitas pintas no corpo. A proteção deve ser feita com filtro solar de FPS mínimo de 30, reaplicado a cada 2 horas em atividades ao ar livre. Proteção física com chapéus, camisetas, óculos escuros e etc também é recomendado, lembrando sempre de também consultar um dermatologista pelo menos uma vez ao ano para realizar um check-up.
Fonte: SBDRJ