Há pelo menos uma década, a escova progressiva se popularizou especialmente entre mulheres que desejam manter os fios lisos. Trata-se de uma técnica de alisamento e redução de volume, que merece atenção e cuidado em relação aos componentes da fórmula.
Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a venda de formol puro no país inteiro. No mesmo ano, uma lei estadual no Rio de Janeiro proibiu o uso de formol nos salões de beleza. O formol é uma substância química, de cheiro forte, cuja venda hoje é controlada porque é extremamente perigosa para a saúde, a ponto de se tornar um fator de risco para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o formol está relacionado ao surgimento de tumores no nariz, na boca, faringe, laringe e traqueia.
Artefatos para alisamento registrados e autorizados ANVISA são inofensivos, porém, no Brasil, ainda existem alguns produtos que, ilegalmente, utilizam quantidades assustadoras de formol em sua composição. Sua utilização para cosméticos só é permitida como conservante, em concentração de até 0,2%. Para fins diferentes e em limites acima do aprovado, pode causar sérios danos à saúde, inclusive a dos fios. Os problemas vão desde uma irritação, vermelhidão e dor na pele e nos olhos até queda de cabelo e câncer.
Até mesmo quem deseja ficar longe do formol esbarra em outro problema: há muitos itens no mercado que se dizem livres de formol, mas possuem ingredientes como metileno glicol, formalina, óxido de metileno, aldeído fórmico, metanal, oximetano e oximetileno – todos variações de formol. Além disso, uma substância chamada ácido glioxílico, quando submetida a altas temperaturas, também libera formol. É preciso ter atenção já que essa substância é bastante utilizada nos salões de beleza e, em contato com a chapinha, traz as mesmas consequências que o formol.
Por isso, é necessário que você fique atenta à composição química do produto que o cabeleireiro usará nos seus fios. Na dúvida, tente tirar uma foto da embalagem e leve na consulta com o seu dermatologista. Dessa forma, ele poderá checar as substâncias utilizadas na fórmula.
Fonte: SBDRJ