A onicomicose é a micose que acomete as unhas e é causada por fungos que crescem, se mantêm vivos e em atividade devido a presença de substâncias que compõem a estrutura das unhas como a queratina e proteínas. Pode provocar desconforto e alterar a forma da unha.
É a onicopatia mais comum nos adultos, podendo afetar tanto as unhas das mãos quanto as dos pés. Os pés estão vulneráveis pois são mantidos em condições que propiciam a proliferação de fungos, e as mãos são acometidas principalmente devido ao hábito da retirada da cutícula, permitindo a entrada destes fungos nesta região. O problema atinge tanto homens quanto mulheres de acordo com a região onde o indivíduo vive, hábitos e idade. Estima-se que 10 a 15% da população poderão ser infectadas no decorrer da vida.
Produz impacto na qualidade de vida. Não é somente um problema estético, mas de consequências funcionais e psicossociais.
Podem invadir a unidade ungueal através da região distal e lateral da placa ungueal, através superfície da placa ungueal e através da região proximal onde está a cutícula. A pele ao redor da unha pode estar acometida.
Causas e Sintomas
Entre os fatores de risco mais comuns para o desenvolvimento da enfermidade estão: microtraumas repetitivos, geralmente relacionados à prática de esportes; sistema imunológico debilitado; uso constante de antibióticos; diabetes mellitus; histórico familiar; má circulação sanguínea; redução da taxa de crescimento da placa ungueal ao longo da vida; etc.
As alterações físicas variam de acordo com o agente da infecção. Os mais frequentes são: descolamento distal e lateral, “massa” fúngica na região subungueal, alteração da cor, amarelada, marrom, branca ou escurecida, aumento da espessura da placa ungueal, alteração da superfície com manchas brancas esbranquiçadas.
Diagnóstico e Contágio
O diagnóstico é feito através das alterações clínicas e identificação do agente infeccioso através da coleta do material subungueal e/ou de um fragmento da placa ungueal para realização de exame micológico direto, cultura e análise histopatológica (clipping).
A onicomicose pode ser transmitida de uma pessoa para outra pelo contato direto. O mais frequente, porém, é que a transmissão se dê pelo uso de objetos pessoais como tesouras e alicates de unhas. A pessoa infectada pode até se autocontaminar, espalhando a infecção de uma região do seu corpo para outra, como da unha para planta do pé, região interdigital e mãos.
Tratamento e Prevenção
O tratamento depende da identificação do fungo, das características clínicas, levando em consideração principalmente a espessura da unha, o local de acometimento e a presença da massa fúngica denominada dermatofitoma. Baseado nestas análises os antifúngicos prescritos podem ser tópicos e/ou sistêmicos. O desbastamento químico ou mecânico auxilia a penetração dos antifúngicos tópicos.
Os antifúngicos tópicos podem ser usados na forma de gotas, spray, cremes ou esmaltes. Já o tratamento sistêmico pode ser feito de forma contínua ou esquema de pulsoterapia. A combinação entre a forma tópica e sistêmica tem mostrado bastante eficácia. O tempo de tratamento das unhas é proporcional ao tempo de crescimento e troca das unhas podendo durar por 6 ou até 12 meses. A remoção cirúrgica da unha doente pode ser uma opção quando o paciente não responde bem ao tratamento convencional.
A prevenção contra esse transtorno passa, necessariamente, por bons hábitos de higiene, já que fungos estão por toda parte. É quase impossível evitá-los, mas é possível impedir que formem colônias no nosso organismo. Por isso, deve-se manter as unhas sempre curtas e limpas. A pele ressecada deve ser hidratada. Evitar o uso da mesma meia e sapatos em dias seguidos. Os sapatos devem ser expostos ao sol.
Se você perceber que já foi infectado, não se automedique. Procure um especialista e siga à risca as orientações para evitar a propagação.
Fonte: SBDRJ