Poucos sabem, mas nossa pele é habitada por milhares de bactérias, fungos e vírus que formam o chamado microbioma – cuja principal função é proteger nosso organismo de doenças e outros problemas como ressecamento e hipersensibilidade. Esse ecossistema cutâneo é formado por pequenos organismos que desenvolvem uma espécie de barreira de proteção, mantendo o pH da pele em equilíbrio e prevenindo o surgimento de germes patogênicos.
Esses microrganismos são chamados de comensais, ou seja, que vivem associados a outro organismo, mas sem prejudicá-lo. Por isso é tão importante cuidar do microbioma da pele, que pode ser afetado por má alimentação, maus hábitos de higiene, estresse emocional, tabagismo, uso de cosméticos, sabonetes e produtos que removem essas bactérias boas ou causam algum tipo de reação alérgica. Quando ele é afetado, as bactérias e fungos “ruins” podem se instalar e causar infecções, por exemplo.
Mas como saber se seu microbioma está equilibrado? Alterações no microbioma trazem efeitos negativos e que logo são percebidos. A pele fica mais sensível, ressecada, irritada e suscetível a crises e episódios de psoríase, dermatite atópica e acne. Se isso estiver acontecendo com você, o primeiro passo é consultar um dermatologista e o segundo é providenciar mudanças no estilo de vida e nos hábitos alimentares. São mudanças que exigem um pouco de disciplina, mas trazem inúmeras recompensas. Saiba mais sobre algumas dessas medidas:
– Prefira banhos mornos e rápidos, usando sabonetes que mantenham a hidratação e o pH da pele;
– Hidratação sempre, pois assim sua pele se torna habitat favorável a microrganismos bons;
– Se você já tiver alguma predisposição, lance mão de hidratantes com ativos prebióticos que favorecem as bactérias boas do microbioma;
– Evite cosméticos agressivos para a pele, como aqueles com álcool ou com grande poder bactericida;
– As mudanças no estilo de vida incluem desde uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas até um acompanhamento psicológico para o controle do estresse.
Aquela ideia de que os germes precisam ser combatidos para que o mundo seja cada vez mais higiênico e estéril é obsoleta. Nós também precisamos deles para mantermos a saúde em dia.
Fonte: SBDRJ