No último dia 17, a SBD-RJ promoveu mais um webminário – seminário via web – Enfrentamento da Hiperendemia de Esporotricose no Rio de Janeiro, em parceria com a Telessaúde do Rio. O evento contou com os painéis Aspectos Clínicos e Diagnósticos; Situação Atual e Recomendações Para o Tratamento e Controle dos Casos na População Humana e Recomendações Para o Controle da Doença na População Animal.
– O webminário é um programa que tem como objetivo levar aos associados e também a todos os profissionais de saúde com acesso à Telessaúde, a atualização em temas relevantes da Dermatologia. Foram priorizados os temas de Hanseníase e Esporotricose, mas a proposta é adicionar outros, aproveitando a iniciativa desta gestão da SBD-RJ e a articulação com a Telessaúde-RJ – explicou a coordenadora do Departamento de Teledermatologia da SBD-RJ, Maria Leide de Oliveira.
Sob coordenação do presidente da SBD-RJ, Egon Daxbacher, da coordenadora do Departamento de Micologia da Sociedade, Regina Schechtman, e de Maria Leide de Oliveira, o webminário reuniu especialistas como Dayvison Freitas e Isabella Dib, ambos da Fiocruz, que promoveram um amplo debate sobre os aspectos mais relevantes da esporotricose e da política oficial de controle da doença no estado.
– Desde 2013, a esporotricose tornou-se de notificação obrigatória no estado do Rio de Janeiro (Resolução SES nº 674/13) e, hoje, a portaria nº º1.271/14 do Ministério da Saúde também determina a notificação compulsória de casos registrados em gatos. São avanços importantes, porque somente com números concretos o gestor pode traçar ações para o combate à doença – destacou Dayvison Freitas.
De acordo com Freitas, a esporotricose ainda avança muito mais rapidamente do que as medidas de controle, contudo, ele afirmou que a notificação compulsória e a descentralização dos atendimentos promoveram avanços significativos nas novas formas de diagnóstico e tratamento da doença.
– Números da Secretaria Municipal de Saúde mostram que de 2010 até junho de 2018 foram registrados 4.500 casos de esporotricose no estado do Rio. Além da notificação compulsória, a descentralização do atendimento em alguns municípios também merece destaque, uma vez que os casos mais simples da doença passaram a ser tratados por clínicas da saúde e outras unidades da atenção básica – avaliou Davyson.
Cursos de formação e atualização dos profissionais de saúde realizados pela Fiocruz, pela SBD-RJ, e pelas secretarias estadual e municipal de Saúde foram outras medidas apontadas no webminário como fundamentais para o melhor enfrentamento da esporotricose.
A coordenadora do Departamento de Teledermatologia da SBD-RJ, Maria Leide de Oliveira, destaca que as sessões do webminário ficam gravadas e à disposição de quem acessar a plataforma do Telessaúde-RJ.
– As apresentações podem ser assistidas em todo o Brasil e em diferentes horários – informou Maria Leide.
As palestras ficam disponíveis no site do Telessaúde e em breve serão divulgadas as datas em que estarão liberadas para os internautas.