Em entrevista ao jornal da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, antes do veto do Governador Sergio Cabral ao Projeto de Lei que incluía o filtro solar na cesta básica do estado, barateando o produto, o diretor da SBDRJ, Egon Daxbacher frisou a importância da iniciativa:
P – Quais problemas de saúde podem ser ocasionados pela exposição ao sol sem o uso do protetor solar?
EB – Podem existir doenças causadas pelo Sol, agravadas ou desencadeadas. O principal problema relacionado ao Sol, trata-se do câncer de pele. Outra alteração comum é o fotoenvelhecimento cutâneo, que gera, além de transtornos, estéticos, também aumento de fragilidade da pele e coceira. Algumas alergias são desencadeadas pela exposição solar e muitas doenças cutâneas são desencadeadas ou agravadas pelo Sol e podem ser graves, como exemplo, o Lupus (doença que pode afetar Rim, Pulmão, Coração)
P – De acordo com a sua experiência, quais seriam os motivos que levam os brasileiros a não usarem o protetor solar?
EB – alguns:
1) Preço
2) Falta de educação em saúde
3) Cultura de beleza pelo bronzeado
4) Falta de tempo no dia a dia ou de paciencia
P – Como você vê os preços praticados pelas distribuidoras e pelo comércio varejista pelo produto? É um grande empecilho para a compra do produto pelos consumidores, principalmente os de baixa renda?
EB – Preços muito altos para o acesso da população em geral a filtros solares de qualidade. Sim, bastante, principalmente os de grande qualidade e menos populares.
P – Qual é a expectativa com a criação da lei? Você acredita que ela pode ajudar a popularizar o produto?
EB – A expectativa é de aumento do acesso ao uso do filtro solar, aumento da regularidade, da quantidade aplicada e da reaplicação, que é um grande problema. A diminuição do custo pode popularizar e muito o uso do filtro solar e ajudar a população a criar o entendimento de que filtro solar deve ser encarado como remédio e não um cosmético.