O verão só começa, oficialmente, no dia 22 de dezembro, masessa primavera já deu mostras de que o calor veio para ficar. 2023 será o ano mais quente em 125 mil anos, dizem cientistas da União Europeia.Vivemos ondas de calor, tempos de mudanças climáticas, aquecimento global e, como dizem os cariocas, é um sol para cada um. Portanto,é preciso redobrar os cuidados com a pele.
O alerta é da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que organiza, desde 2014, a campanha Dezembro Laranja. Intitulada de “Seu sol, sua pele, sua proteção. Cada um com a sua prevenção”, a campanha deste ano tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância de se prevenir da incidência dos raios solares de forma responsável, independentemente do tipo de pele.
Neste sábado (2), dermatologistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBDRJ) vão atender à população em oito pontos espalhados na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo é identificar casos suspeitos de câncer de pele e encaminhá-los para tratamento.
O atendimento à população acontecerá, das 9h às 15h. Confira os locais:
- Policlínica Geral do Rio – Av. Nilo Peçanha, 38-6º Andar – Castelo
- Hospital Universitário Gafrée e Guinle – Rua Mariz e Barros, 775 – Tijuca
- Clínica de Família Santa Marta –Rua São Clemente,312 – Botafogo
- Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro – Rua Santa Luzia, 206, no Centro
- Hospital Federal de Bonsucesso – prédio 6, térreo, ambulatório do Serviço de Dermatologia – Av. Londres 616 – Bonsucesso
- Hospital Federal dos Servidores do Estado – Rua Sacadura Cabral, 178 – Saúde
- Hospital Universitário Pedro Ernesto (Centro Universitário de Combate ao Câncer) – Rua Felipe Camarão, 58, Vila Isabel
- Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – ambulatório de cirurgia dermatológica do Serviço de Dermatologia
CUIDAR DA PELE É HÁBITO.
Quando se pensa no perigo da exposição excessiva ao sol e nos riscos que ela representa para a pele, em geral, se atribui – de forma errada – apenas aos momentos em que passamos na praia ou em outro lazer ao ar livre em dias claros e com alta radiação ultravioleta (UV). No entanto, proteger a pele, a fotoproteção, é um cuidado que precisa ser o ano todo e incorporado aos nossos hábitos diários.
E a Sociedade Brasileira de Dermatologia do Rio de Janeiro (SBDRJ) tem focado suas ações com dicas à populaçãoparauma proteção adequada diante da exposição ao sol. Uma delas: para se proteger do sol não basta apenas o uso do filtro solar, como explica a dermatologista Marcela Benez, coordenadora do Departamento de Cirurgia e Oncologia da SBDRJ.
– Ao se expor ao sol devemos usar o filtro solar 30 minutos antes, e alguma barreira física, que pode ser um chapéu com abas largas que cubram rosto, orelha e couro cabeludo, e também devemos usar óculos com lente UV, que vai proteger os olhos e a pálpebra, também uma área que favorece o surgimento do câncer de pele. Vale também utilizar as malhas UV, biquínis, maiôs, camisas. Podemos usar luvas, ciclistas e motociclistas. Usar as barracas também é indicado.
Outras dicas importantes:
✔Não se expor ao sol entre 10h e 16h (período mais crítico de incidência de raios UV – ultravioletas);
✔ Usar chapéu, boné, óculos escuros, sombrinhas e roupas apropriadas (com proteção solar);
✔Usar filtro solar e reaplicá-lo a cada 3 horas. Peles mais claras, com fator de proteção acima de 50. O filtro solar deve ser usado até em dias nublados;
✔ Por último, buscar áreas de sombra;
CÂNCER DA PELE
O câncer da pele é o tipo de neoplasia mais incidente no Brasil, com cerca de 185 mil novos casos ao ano, e corresponde a 27% de todos os tumores malignos do País, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Ministério da Saúde.
Quando descoberto no início tem mais de 90% de chances de cura. Por isso, deve ser redobrado o esforço para que a população fique atenta aos sinais e sintomas.
Além da exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente na infância e adolescência, outros fatores de risco são: ter pele e olhos claros, ser albino, ter vitiligo, ter histórico da doença na família e fazer tratamento com medicamentos imunossupressores.
NÃO MELANOMA
O tipo não melanoma – carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular – ocorre com maior frequência, tem baixa mortalidade, mas pode causar deformações. Ele é responsável por 177 mil novos casos da doença por ano e apresenta alto percentual de cura se detectado e tratado precocemente.
MELANOMA
O melanoma, forma mais grave do tumor de pele, pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Essas lesões costumam ter formato assimétrico, bordas irregulares, mais de uma cor e mudar de tamanho de forma rápida. Apesar de mais raro, é bastante agressivo, podendo levar à morte. Anualmente, ele é responsável por 8,4 mil casos novos no Brasil.