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Covid-19 e o dermatologista: desafios

Durante a Palestra Principal, Dr. Paulo Criado, Doutor pelo Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), destacou, entre outros pontos, que:  os médicos dermatologistas precisam estar atentos à erupções abruptas, mesmo na ausência de sintomas sistêmicos da Covid, e precisam reforçar as medidas protetivas em seu local de trabalho. Outra questão é que a vacina deve ser priorizada, ainda que exista alguma reação por conta de doenças ou lesões dermatológicas.

– É importante o médico dermatologista estar atento à erupções abruptas, mesmo na ausência de sintomas sistêmicos da Covid, especialmente as de manifestações urticariformes ou exantemas, que podem preceder os sintomas clássicos da doença. Nesse sentido, é preciso que todos os médicos reforcem as medidas protetivas individuais pela transmissão maior das novas cepas, e, quando fizerem o diagnóstico, alertarem os pacientes para fazerem o isolamento, evitando novos contágios.

Não faltaram elogios ao Dr. Paulo Criado. O presidente da SBDRJ, Dr. Fabiano Leal, ressaltou o conhecimento adquirido pelo especialista em pouco mais de um ano de pandemia.

–  Foi uma honra tê-lo conosco; pude acompanhar de longe, você pesquisou muito sobre Covid e trouxe ensinamentos muito importantes.

Dr. Paulo ainda explicou a necessidade de estimular os laboratórios de anatomia patológica para começarem a realizar imunoistoquímica para antígenos do SARS-CoV-2, com objetivo de gerar mais diagnósticos precisos, para saber se essas erupções de pele são devido à Covid ou não.  E ressaltou um estudo no Reino Unido, com mais de 300 mil pessoas, que responderam sobre sintomas Covid: 11 mil se referiram a manifestações dermatológicas (cutâneas) e 17% do total tiveram como primeiro sintoma a manifestação dermatológica. Nesse grupo, 21% relataram que o sintoma cutâneo foi o único sintoma da Covid, com RT-PCR positivo.

– Então, temos que ter em mente que nem sempre o paciente precisa ter outros sintomas para estar com Covid e ter uma lesão dermatológica – salientou.

A palestra fez tanto sucesso que estourou o horário e a diretoria esticou a participação do Dr. Paulo. Surgiram várias perguntas e algumas puderam ser respondidas ao vivo: em lesões sugestivas, vale pedir IgM e IgG? A resposta imunológica do paciente será sempre igual? Em casos de covid, é recomendado o uso de corticoide após 6 dias de infecção? Quando o paciente apresenta angioedema não hereditário, a vacina pode agravar o caso?

Todas as respostas estão na área interna do nosso site. A palestra ficará disponível para os associados que não puderam acompanhar a Reunião Mensal. Então, vai lá:

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