Ao longo desse ano já foram confirmados mais de 400 casos de sarampo no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
Diante deste cenário, intensificaram-se as campanhas de vacinação, pois, como não existe um tratamento específico para o sarampo, a única forma de prevenir é se vacinando.
Mas o que é o sarampo, afinal?
O sarampo é uma doença potencialmente grave e altamente contagiosa, causada por um vírus do gênero Morbilivirus e transmitido da mesma forma que a gripe – pelo contato direto ou secreções respiratórias. Até os sintomas iniciais são parecidos: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular, coriza, congestão nasal e mal-estar intenso. Somente dias depois da infecção é que surge a típica erupção cutânea (manchas vermelhas na pele, chamada de exantema maculopapular eritematoso) e, ao contrário do que normalmente se pensa, é considerada a manifestação inofensiva da doença porque as mais graves são respiratórias, que podem evoluir para complicações pulmonares.
A importância da vacina
Desde o final dos anos 90, todo o continente americano vinha controlando a doença e finalmente, em 2016, o Brasil conseguiu erradicá-la – mas perdeu esse status apenas dois anos depois. Parte dessa realidade se deve à não cobertura da vacinação, estimulada por grupos sociais que questionam a eficácia da vacina.
Sim, a vacina pode provocar efeitos colaterais, mas são apenas reações adversas, como febre, mal-estar, dor no local da injeção e vermelhidão – e não a infecção em si, que pode comprometer o sistema nervoso central, trazer complicações como pneumonia, otite, meningite ou até mesmo levar à morte se não for adequadamente tratada. Perigoso mesmo é ficar sem se vacinar.
As duas vacinas disponíveis contra o sarampo (tríplice viral e tetra viral) são bastante seguras, mas carregam uma versão enfraquecida do vírus para que o organismo o reconheça e ative o sistema imunológico, na hipótese de ser atacado pelo vírus real. As vacinas nos dão imunidade e, no caso da vacina de sarampo, para a vida toda. Por isso é mais seguro se imunizar a correr o risco de ser infectado.
A vacina contra o sarampo é contraindicada apenas para indivíduos com problemas de imunidade, que se submeteram a transplantes, gestantes e menores de 1 ano. As crianças devem tomar duas doses da vacina tríplice viral (contra rubéola, sarampo e caxumba). Os adolescentes e adultos também devem tomar a tríplice viral, mas em dose única.
Não deixe de tomar a sua vacina ou de vacinar seu filho. Proteja sua família!
Fonte: SBDRJ