Cerca de 25 mil brasileiros são diagnosticados com hanseníase anualmente. O Brasil concentra mais de 90% dos casos da América Latina, sendo o segundo país do mundo em número de casos. O contato direto e prolongado com uma pessoa acometida com muitas lesões e que nunca recebeu tratamento é a principal forma de contágio da doença.
A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma micobactéria que entra no organismo pelas vias respiratórias e se instala nas celulas de pequenas terminações de nervos da pele e nervos mais espessos dos braços e pernas. Na pele, pode se manifestar como áreas dormentes, com menos sensibilidade, mais secas (suam pouco ou não suam) com poucos ou nenhum pelo ou ainda como manchas mais claras que a cor da pele, avermelhadas ou acastanhadas. A pessoa acometida pode apresentar feridas ou dormência nas mãos e/ou pés, perda de força nas mãos e, quando a doença está mais avançada podem aparecer caroços vermelhos, nariz entupido (pois atinge a mucosa nasal) e perda de pelos nas sobrancelhas.
A hanseníase tem cura e o tratamento é oferecido nas unidades de saúde pública. Acompanhamento psicológico muitas vezes é necessário, por conta do estigma que pode conduzir o paciente a sofrimento psíquico por rejeição e isolamento social.
Anualmente, no mês de janeiro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove o Janeiro Roxo, Campanha Nacional de Conscientização para o tratamento precoce e enfrentamento da hanseníase. A campanha é marcada pelo Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase que, neste ano, acontece no próximo domingo, dia 27 de janeiro.
O objetivo é disseminar informações sobre a doença e conscientizar a população acerca da importância do diagnóstico e tratamento precoce. No Brasil, o tratamento é gratuito e oferecido pelo Sistema Único de Saúde, nas unidades básicas de saúde.
Vamos, juntos, combater o preconceito. A hanseníase tem cura e se diagnosticada no início não deixa nenhuma marca.
Fonte: SBDRJ