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Você sabe o que é tinea capitis?

 

O que é?

Também conhecida como tinha do couro cabeludo, corresponde a uma infecção do couro cabeludo por diversos tipos de fungos que habitam em nosso meio ambiente. Geralmente afeta uma área localizada, porém pode acometer várias ao mesmo tempo. Com um tratamento adequado, se consegue a cura total. Apesar de vários fungos serem capazes de provocar a doença, os mais comuns em nosso meio são os fungos dermatófitos.

Na maioria dos casos se apresenta com alopecia (quebra do fio com posterior queda de cabelo), deixando uma área desnuda na superfície do couro cabeludo. Geralmente os pelos voltam a crescer normalmente após o tratamento, contudo existem casos que cursam com muita inflamação, levando à cicatriz na área afetada e perda definitiva do pelo, apesar do tratamento apropriado.

Afeta principalmente crianças até a puberdade, mas também pode acometer adultos jovens ou imunodeprimidos. O adulto pode ser um portador são, ou seja, transmitir a doença sem mostrar sinais de infecção, através da presença de esporos do fungo nas escamas do couro cabeludo sem penetrar no pelo, como ocorre com a maioria das crianças.

Os principais sintomas são:

  • Coceira na área acometida;
  • Aparecimento de placa arredondada com ausência de pelos ou com pelos tonsurados ou quebrados;
  • Dor ou leve vermelhidão na área;
  • Nos casos inflamatórios pode haver secreção através da ferida, aumento de volume, dor de cabeça simulando quadro de meningite.

Tratamentos

Antes de iniciar o tratamento, o diagnóstico deve ser feito por um dermatologista através de um exame simples para identificar o fungo – o exame micológico, que inclui o exame direto e o cultivo do fungo para saber a fonte de contaminação.

O tratamento precoce deve ser feito para evitar a disseminação da doença, como também para diminuir a possibilidade de ocorrer cicatriz fibrótica no couro cabeludo, com a perda definitiva do cabelo.

Dentre os tratamentos disponíveis existem os antifúngicos orais e tópicos, que serão indicados pelo dermatologista segundo as características do paciente e da doença. O tempo de tratamento varia, dependendo do tipo de fungo e o grau de acometimento. Pode ser de 30 a 120 dias, conforme o quadro.

Prevenção

Considerando que a infeção acomete o couro cabeludo e tem um carácter contagioso, recomenda-se não compartilhar pentes de cabelo e a correta sanitização das tesouras para cortar cabelo.

Devido a que alguns dos fungos que produzem a doença são transmitidos por cães ou gatos, sugere-se manter as consultas veterinárias e a vacinação dos animais em dia.

Por Dra. Regina Schechtman – Coordenadora do Departamento de Micologia da SBDRJ.